Nasceu em 15 de junho de 1916, em Campo Largo, Paraná. Destacou-se pelo seu conhecimento e sensibilidade. Filho de Clodomira Portugal Soares Pereira e Francisco Cesar Soares Pereira; casou-se com Edilde Rocha Soares Pereira, com quem teve três filhos: Cleusa, Ronald e Gilda. Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Paraná em 19 de dezembro de 1939. Sua grande paixão era o magistério, mas, conquistar tal posição não lhe foi fácil. Como era fanho, teve de superar, com exercícios, a voz anasalada. A obstinada persistência o levou a ser um docente exemplar. Em 8 de agosto de 1947, foi admitido como professor de Direito Civil na mesma universidade em que se graduou com a tese “A capacidade civil por maioridade deverá ser uniforme nos diversos ramos do direito”. Em 1º de março de 1951, tornou-se professor catedrático de Direito Civil com a apresentação da tese “Os herdeiros não se poderão eximir do cumprimento dos contratos constitutivos e translativos deixados pelo de cujus”. E, de 1967 a 1972, foi Diretor da Faculdade de Direito. De 1966 a 1967 exerceu também o mandato de Procurador-Geral do Estado do Paraná. Altino Portugal era muito bem quisto pelos alunos, que viam nele uma figura inspiradora. Era exemplo de conhecimento, dedicação, humildade e seriedade. Pela sua comunicação afetuosa e inteligente era considerado mais do que mestre para seus alunos. Após mais da metade de sua vida dedicada às aulas nas Faculdades de Direito e, também, na de Ciências Econômicas, ambas da Universidade Federal, aposentou-se em 8 de julho de 1982. Como advogado foi membro do Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Paraná, durante várias gestões. De 1983 a 1985, foi membro do Tribunal de Ética Profissional. Em 1997, recebeu o prêmio “Cidade de Curitiba” na área da advocacia. Em razão dos anos de dedicação à essa profissão, recebeu do Conselho Seccional, em 2003, o merecido diploma de reconhecimento dos 50 anos de exercício ininterrupto e ilibado da advocacia. Mesmo depois de aposentado como professor continuou advogando por mais 10 anos. Conta um de seus alunos que certa feita, dirigindo-se ao Cartório de uma Vara Cível de Curitiba, deparou com o mestre, então em avançada idade, esperando pacientemente ser atendido. Os servidores iam de um lado ao outro, sem dar-lhe maior atenção. Preocupado ─ conta o ex-aluno ─ intercedeu pedindo preferência ao professor, tendo sido logo atendido. Altino agradeceu e não demonstrou nenhum tipo de irritação, mostrando serenidade ímpar. Mais tarde, de 2001 a 2003, foi diretor do Instituto dos Advogados do Paraná. Faleceu em 17 de janeiro de 2006, aos 89 anos.