Cadeira 23
FUNDADOR E 1º OCUPANTE

René Ariel Dotti (1934-2021)

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Nasceu em Curitiba, no Paraná, em 15 de novembro de 1934. Filho de Gabriel Dotti e Adelina Zulian Dotti. Estudou nos colégios Iguaçu, Novo Ateneu e Estadual do Paraná. Este último, nos anos de 1950 a 1953. Com Ary Fontoura, Odelair Rodrigues, Divo Dalcol, Sinval Martins e outros, fundou a Sociedade Paranaense de Teatro (1954); Foi colunista do jornal Diário do Paraná, escrevendo diariamente sobre teatro (1956-1961). É autor de diversas crônicas publicadas no suplemento Letras e Artes, editado pelo jornal Diário do Paraná (1963-1965). Foi secretário de Cultura do Paraná entre 1987 e 1991, marcando época com a promoção de grandes espetáculos e concertos no Teatro Guaíra. Foi casado com Rosarita Fayet Fagundes (1969), com quem teve as filhas Rogéria e Cláudia. Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná (1958), lecionou na instituição de 1962 e 2004, aposentando-se como titular e conservando com orgulho o título que mais lhe agradava, o de professor. Membro do Partido Acadêmico Popular (PAP), autor de diversos artigos publicados em jornais acadêmicos. Foi diretor do Departamento Jurídico do Centro Acadêmico Hugo Simas em 1958. Começou a atividade profissional como estagiário do Escritório Salvador de Maio-Élio Narezi, em 1958, em causas criminais. Abriu o próprio escritório em junho de 1961. Foi titular do Escritório Professor René Dotti por 60 anos, com atividade ininterrupta sendo reconhecido como jurista de expressão nacional. Ao longo da vida, recebeu dezenas de homenagens, das quais destaca-se a Comenda Mérito Judiciário do Estado do Paraná, conferida por decisão unânime de órgão especial do Tribunal de Justiça do Paraná, em 2014, e a medalha Vieira Netto, concedida pela OAB Paraná em 2006. Seus autores e obras preferidas são: Shakespeare (Otelo, Hamlet); Franz Kafka (O processo, A metamorfose, O castelo); Fiódor Dostoiévski (Crime e castigo, Recordações da casa dos mortos, Memórias do subsolo); Voltaire (Candido ou o otimismo); Albert Camus (O estrangeiro); Gabriel Garcia Marques (Cem anos de solidão, O amor nos tempos do cólera), (A crônica de uma morte anunciada); Gustave Flaubert (Madame Bovary); José de Alencar (Iracema); Eça de Queirós (O primo Basílio); José Saramago (O Evangelho segundo Jesus Cristo); Machado de Assis (Memórias póstumas de Braz Cubas); Lima Barreto (O homem que sabia javanês); Manuel Antônio de Almeida (Memórias de um sargento de milícias); Guimarães Rosa (Grande sertão: veredas); Fernando Sabino (Encontro marcado); Rubem Braga (crônicas diversas). Sua produção literária incluiu várias obras, entre elas: “Comentários ao Código Penal”, Volume 1, Tomos I e II, atualização da obra clássica de Nélson Hungria, Editora GZ, 2014, 2016; “Curso de Direito Penal – Parte Geral”, Revista dos Tribunais, 3ª edição em 2010 (1ª edição em 2001 e 2ª edição em 2004, ambas pela Editora Forense). Faleceu em 11 de fevereiro de 2011, aos 86 anos.