Cadeira 37
PATRONO

Ruy Corrêa Lopes (1923- 1995)

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Nasceu no dia 2 de abril de 1923, em São José do Rio Preto, São Paulo, filho do casal português Joaquim Domingos Lopes e Rosália Corrêa Rosa Lopes. Ainda muito jovem mudou-se com a família para Portugal realizando seus estudos primários e secundários na Casa Pia e no Liceu D. João de Castro, em Lisboa. No início da década de 1940 retornou ao Brasil juntamente com outros brasileiros repatriados pelo governo que deixavam o continente europeu durante a Segunda Guerra, fazendo-o na última viagem do Navio Bagé que, em seguida, foi torpedeado por submarinos alemães. Com 19 anos mudou-se para o norte do Paraná. Atuou em Londrina e Apucarana como pequeno empresário, tendo, em Santa Cruz do Monte Castelo constituído uma fazenda de café. Na região conheceu Armanda de Mattos Sabino, professora em Londrina, com quem se casou em 1947 e com quem teve quatro filhos: Ana Maria, Maria Helena, Ruy Alberto e Carlos Alberto. Impossibilitado de continuar os estudos, desenvolveu-se na atividade intelectual como autodidata até mudar-se para Curitiba em 1957, com o objetivo de ingressar na universidade. Em 1958 foi aprovado em primeiro lugar no vestibular da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Durante o curso atuou como professor de português, francês, literatura brasileira e portuguesa. Na mesma época, junto com um dos irmãos, fundou uma importadora de livros — a Sociedade Paranaense de Livros. Obteve o grau de bacharel em Direito em 1962, mesmo ano em que apresentou a tese “Uma Perspectiva Egológica: O Valor Justiça no Direito Concreto”. Publicou ainda duas obras: “O Ser Coexistencial e o Valor Justiça” e  “Pareceres e Decisões”, uma coletânea de decisões relativas ao Direito Tributário. Foi convidado para lecionar, como professor substituto, a disciplina de Introdução à Ciência do Direito na UFPR, onde, durante algum tempo, como assistente, também ministrou a disciplina de Direito Romano. Evoluiu na atuação docente até se tornar professor titular da matéria de Introdução, progredindo, ainda, à coordenação do Curso de Direito. Aposentou-se em 1989, após 26 anos de docência. Sua atuação profissional se deu também em outros âmbitos públicos, sendo nomeado advogado da Prefeitura Municipal de Curitiba em 1963, pelo então prefeito Ivo Arzua Pereira. Participou diretamente de trabalhos de recuperação e renovação da Administração Pública municipal, ocupando os cargos de Auditor Fiscal, Representante Permanente da Prefeitura de Curitiba no Conselho Municipal de Contribuintes e Diretor-Geral do Departamento de Administração. Ainda na Prefeitura de Curitiba, exerceu o cargo de Procurador-Geral. Em 1967, foi novamente chamado por Ivo Arzua Pereira, recém-nomeado Ministro da Agricultura, para a Chefia de Gabinete, cargo que ocupou por dois anos. Neste período, chefiou interinamente o Ministério da Agricultura em julho de 1969. Depois, retornando à Prefeitura de Curitiba, integrou do quadro administrativo nas gestões de Saul Raiz e Jaime Lerner, até se aposentar, em 1987. Faleceu em 14 de julho de 1995, aos 72 anos.